quinta-feira, 24 de junho de 2010

Amazonas: Economia

Atividades extrativas e agropastoris. A exploração de recursos florestais assume grande importância no Amazonas, embora o valor global dos produtos da coleta não chegue a ultrapassar o dos agropastoris. O principal produto extrativo é a borracha, explorada principalmente nas margens dos afluentes meridionais do Amazonas (Madeira, Purus e Juruá). Seguem-se a castanha-do-pará, as gomas não elásticas e a piaçava.

Entre os recursos naturais, os de origem vegetal são os mais importantes do estado e permitem a extração de borracha, castanha, madeira, sementes oleaginosas e fibras, ainda exploradas segundo métodos primários e de maneira insuficiente. As possibilidades de extração mineral vêm-se ampliando (ferro, manganês, linhita, cassiterita, petróleo, gás). Há referências à existência de argila plástica, feldspatos e calcários, no baixo Amazonas. Os rios e lagos amazônicos são bastante piscosos, e suas florestas abrigam variada fauna, o que garante uma importante atividade no setor da caça.

As atividades agrícolas desenvolvem-se nos solos de várzea, sobretudo no trecho situado a jusante da embocadura do Purus. A juta, o guaraná e a mandioca são os principais produtos. Em valor de produção, as três culturas juntas superam a borracha. Em menor escala cultivam-se também a banana, a cana-de-açúcar, o feijão e a laranja. Nos campos de várzea criam-se bovinos.

Indústria e recursos minerais. Praticamente todas as atividades fabris do estado concentram-se na cidade de Manaus, que conta com estabelecimentos de beneficiamento de borracha, castanha-do-pará e madeira, moinho de trigo e tecelagem de juta, além da refinaria de petróleo de Manaus.

A Zona Franca de Manaus, que começou a ser implantada em 1967, ganhou maior expressão como centro industrial autônomo a partir de 1972. O empreendimento contribuiu, em especial, para o progresso de Manaus.

Entre as riquezas minerais do estado incluem-se ferro, manganês, linhita, cassiterita, petróleo e gás natural (bacias do médio e baixo Amazonas, respectivamente com 300.000 e 100.000km2).

Transportes. O Amazonas não possui ferrovias. A rede rodoviária, da qual pouco mais de um terço é pavimentado, compreende a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho RO e intercepta, em Humaitá, a Transamazônica (BR-230), que atravessa o sul do estado; a BR-174, que liga Manaus a Boa Vista RR; e uma estrada estadual ligando Manaus a Itacoatiara. A maior parte do transporte é, entretanto, realizada por meio dos rios, que oferecem boas condições de navegabilidade. Nesse particular, destaca-se o rio Amazonas, que, além de grande volume de água, possui um declive muito suave, pois desde Benjamin Constant, na fronteira com o Peru, até a sua foz, desce apenas 65m. Essa circunstância permite ao porto de Manaus receber navios de grande calado.