domingo, 4 de julho de 2010

Pará: Cultura e Turismo

Belém é sede do Museu Paraense Emílio Goeldi, de fama internacional, que efetua pesquisas sobre a arqueologia, a fauna, a flora e a etnologia da região amazônica. Mantém um aquário, horto florestal, jardim zoológico, preciosa biblioteca especializada e notáveis coleções arqueológicas, etnográficas e artísticas tombadas pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Edita publicações científicas de alto nível, internacionalmente prestigiadas.

Outros grandes museus da capital paraense são os do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e o do Instituto de Antropologia e Etnologia do Pará. As principais bibliotecas são a Biblioteca e Arquivo Público (45.000 volumes e 200.000 manuscritos) e a da Universidade Federal do Pará (quarenta mil volumes).

Instituições e monumentos. O Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou os seguintes monumentos, na capital do estado: o Palácio Velho, na travessa Dom Bosco; a Casa Azul, no largo do Palácio; a Casa do Barão de Guajará, na praça Pedro II -- hoje sede do Instituto Histórico e Geográfico do Pará; a Catedral de Nossa Senhora das Graças; as igrejas de Nossa Senhora do Carmo (século XVII), de Nossa Senhora das Mercês (século XVII), Nossa Senhora do Rosário e São João Batista; a igreja de Santo Alexandre e o antigo Colégio dos Jesuítas, anexo -- hoje Palácio Arquiepiscopal (século XVII). Também é tombada a igreja da Madre de Deus, em Vigia.

Além dos monumentos tombados, outros são dignos de registro: o Forte do Castelo, primeiro marco da fundação da cidade (século XVII); a igreja de S. Francisco Xavier, onde pregou o padre Antônio Vieira; a basílica de Nazaré, construída no início do século XX, onde fica a lendária imagem de Nossa Senhora de Nazaré, cultuada no estado desde o século XVII e que figura na famosa procissão do Círio, instituída em 1793; o Palácio Lauro Sodré, sede do governo do estado, do arquiteto Antônio José Laredo e inaugurado em 1771; o Paço Municipal; e o Memorial da Cabanagem, no quilômetro zero da BR-316.

Turismo e folclore. Os principais pontos de atração no estado situam-se na cidade de Belém. A beleza da capital, com suas ruas arborizadas com mangueiras, seus edifícios antigos, suas igrejas, o Teatro da Paz, o famoso mercado do cais de Ver-o-Peso -- onde se encontram os mais variados produtos regionais --, o Bosque Municipal Rodrigues Alves -- com lago, aquário, orquidário e aves da região --, a Cidade Velha, cujos solares têm fachadas de azulejos portugueses, o Mercado Público de São Brás, tudo constitui atração para o turista. Visitas à Universidade Federal do Pará e ao Museu Paraense Emílio Goeldi completam os atrativos da capital.

Nas vizinhanças de Belém assinalam-se os balneários fluviais de Mosqueiro, Salinópolis, Outeiro, Chapéu Virado, Farol, Morubira e Arimba. A caça e a pesca ainda se praticam em todo o estado, sobretudo na ilha de Marajó, mas nas últimas décadas a consciência ecológica, com suas muitas campanhas de preservação da natureza e da floresta amazônica, levou a crescentes restrições da caça e aos primeiros passos de uma efetiva regulamentação da pesca.

A grande festa religiosa em todo o Norte-Nordeste é a de N. S. de Nazaré, em outubro, quando se realiza a procissão do Círio, que atrai multidões de fiéis e turistas. Mantêm-se várias tradições populares, tais como o boi de Reis, o boi-bumbá (variante do bumba-meu-boi), a marujada e o carimbó, em cidades do interior do estado.

O estado possui cozinha típica, com uma variedade de pratos em que predomina a influência indígena, como o famoso pato ao tucupi, o tacacá, as casquinhas de siri, o peixe moqueado no tucupi, o açaí (bebida preparada com o coco de açaí), o refresco e o doce de cupuaçu.