domingo, 11 de julho de 2010

Vitória - ES

Números

Fundação: 8 de setembro de 1551
Área: 93,381 km²
População: 320.156
Densidade: 3.363 hab / km²
Altitude: 12 m

A cidade

O porto de Vitória destaca-se pelo grande movimento de exportação de café em grão e pelo cais construído na ponta do Tubarão para o minério de ferro, com terminal especializado e bem aparelhado.

Vitória é a capital e principal cidade do estado do Espírito Santo. Situa-se num conjunto de ilhas da baía de mesmo nome e em parte das terras que circundam a baía. Dista 521km do Rio de Janeiro, 524km de Belo Horizonte e 1.238km de Brasília.

O início da história de Vitória data de 1534, com a doação de uma capitania a Vasco Fernandes Coutinho. O núcleo original surgiu em 1535, na costa da baía de Vitória, local mais tarde denominado Vila Velha. Em 1551, por motivo de segurança o povoado transferiu-se para a ilha do Espírito Santo, onde o donatário fez construir uma casa de fazenda e a igreja de Santa Luzia. Atacada pelos índios goitacás, que haviam destruído Vila Velha, a nova vila resistiu com êxito, embora os índios só fossem vencidos em 1558, no combate de Cricaré.

Esses sucessos, atribuídos à proteção de Nossa Senhora da Vitória, à qual fora consagrada a igreja matriz, tornaram a povoação conhecida como Vila da Vitória, ou Vitória. Os franceses atacaram-na, sem resultado, diversas vezes no fim do século XVI, assim como o fez o inglês Thomas Cavendish. Em 1625, os holandeses foram também derrotados ao tentarem invadi-la, ocasião em que Maria Ortiz protagonizou episódios de heroísmo que se tornaram lendários.

A cidade expandiu-se lentamente. Elevada a cidade em 1823, Vitória estava condenada ao isolamento por sua insularidade, o que explica o maior progresso de Cachoeiro de Itapemirim, ao sul, verdadeira capital econômica do estado até a década de 1930. Com efeito, no princípio do século XX, Vitória tinha somente 10.000 habitantes, e, em 1920, 21.000. O papel regional da cidade modificou-se a partir da construção do primeiro cais, em 1914, e a partir de 1927, quando foi concluída a ponte que ligou a cidade ao continente. Também contribuiu para o crescimento de Vitória a chegada dos trilhos das estradas de ferro Leopoldina e Vitória-Minas, que em 1940 estendiam-se apenas até a margem da baía, no cais das Argolas, ao pé do morro Péla-Macacos.

A partir de então, a cidade tornou-se o maior centro político-administrativo do Espírito Santo e sua influência fez-se sentir também em Minas Gerais. Na década de 1970, o porto de Vitória passou a ocupar posição de relevo no país, com o movimento de milhões de toneladas de carga. Ao mesmo tempo, em decorrência da função portuária, a região beneficiou-se com a industrialização, embora a precariedade das condições em que ocorreu a implantação das unidades industriais na área do terminal de Tubarão gerasse alto índice de poluição. A cidade expandiu-se graças a aterros que transformaram a topografia da ilha e, com as novas edificações, desapareceram quase todos os vestígios da colônia e mesmo do império.

Mercado das riquezas do estado, como o café e o cacau, e escoadouro do minério de ferro de Minas Gerais, Vitória também atrai turistas por suas praias. As atividades comerciais, portuárias e administrativas concentram-se na ilha do Espírito Santo. No continente está a maior parte dos bairros residenciais e a cidade ainda se expande em direção a Cariacica e Vila Velha, com as quais forma uma conurbação.

O sítio do antigo colégio dos jesuítas e sua igreja de São Maurício, edificações de 1550, foram reconstruídos mais de uma vez e o conjunto está descaracterizado. O túmulo de José de Anchieta encontra-se na sede do governo estadual, o palácio Anchieta. Destaca-se ainda a igreja de Santa Luzia (1551), onde funciona o Museu de Arte Religiosa. O antigo Museu do Estado, de 1939, tornou-se, a partir de 1967, o Museu de Arte e História da Universidade Federal do Espírito Santo, o qual se localiza na área em que se situava a chácara do barão de Monjardim, Alfeu de Andrade e Almeida.

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