terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ponta Grossa - PR

Números

Fundação: 15 de setembro de 1823
Área: 2.063,697 km²
População: 332.060
Densidade: 150,8 hab / km²
Altitude: 975 m

A cidade

Importante parque industrial, Ponta Grossa é conhecida sobretudo pela singularidade de sua paisagem natural: as curiosas formações rochosas do Parque Estadual de Vila Velha, as crateras de Furnas, denominadas Caldeirões do Inferno, e a lagoa Dourada, cercada de árvores seculares.

A cidade paranaense de Ponta Grossa está situada no oeste do estado, a 114km de Curitiba, numa região conhecida como campos gerais. A ocupação do município teve início no século XIX, com a fundação de um povoamento pelo sargento-mor Miguel da Rocha Ferreira Carvalhais. A freguesia foi criada em 1823, passou a vila em 1855 e em 1862 foi elevada a cidade. Recebeu sucessivamente os nomes de Casa de Telha, Estrela, Pitangui e Ponta Grossa.

As grandes fazendas da região abriram espaço para o desenvolvimento econômico e atraíram migrantes, apesar da acidez das terras, o que as tornava pouco produtivas. O progresso tecnológico trouxe grandes benefícios para a agricultura e também para a pecuária, com técnicas de seleção de raças e adequação dos rebanhos às condições climáticas.

Ponta Grossa é um dos maiores centros de processamento de soja do mundo. Com a industrialização, tornaram-se importantes as seguintes atividades: extração e beneficiamento de madeiras, fabricação de bebidas, derivados de carne e couro, e produção de máquinas industriais e agrícolas e autopeças. A cidade centraliza a vida educacional e cultural da região, com faculdades estaduais de filosofia, letras, farmácia, odontologia e direito, da Universidade Federal do Paraná.

Vila Velha

Três tipos de curiosas formações naturais situadas na mesma região transformaram Vila Velha em importante ponto de visitação turística no sul do Brasil.

Vila Velha é o nome de um conjunto de formações rochosas que lembra uma cidade em ruínas. Situa-se no estado do Paraná, a vinte quilômetros a sudoeste de Ponta Grossa e a cem quilômetros de Curitiba. Erodidas pela ação do vento e das chuvas sobre o arenito vermelho, semelhante ao tijolo, as colunas, com altura de até vinte metros, são identificadas por apelidos ligados às formas às quais se assemelham, tais como "Esfinge", "Cabeça de camelo" e "Cálice". Os outros focos de interesse da região são a lagoa Dourada e os imensos poços naturais chamados furnas.

No início do período devoniano, o sítio era ocupado pelo mar. As areias depositadas pelas águas e depois consolidadas constituem a plataforma sobre a qual repousam as rochas de Vila Velha, a uma altitude de 900m. No início da sedimentação existiu um lago, alimentado pelas águas de degelo. A rocha testemunha dessa fase é o varvito, sedimento finamente estratificado, com alternância de camadas claras e escuras. Seguiram-se-lhe outras rochas, de origem glacial, encimadas pela camada arenosa denominada arenito de Vila Velha.

A erosão responsável pelas formações de Vila Velha é relativamente recente. O desgaste da parte inferior é mais rápido, por ser a rocha menos resistente. Diversas fases de erosão podem ser observadas no parque, desde as formações em cálice, com volumosa cabeça retangular, até a coluna já decapitada, que se resume num tronco fragmentário.

As furnas, poços naturais de enormes dimensões em que tanto o diâmetro como a profundidade podem ultrapassar os cem metros, se abrem no patamar de arenito que serve de base a Vila Velha. Sua origem não foi ainda esclarecida: ou resultaram do esboroamento das partes profundas do arenito pela erosão subterrânea, ou decorrem de fenômenos de erosão ainda mais profundos, que afetaram rochas calcárias subjacentes. O governo estadual criou um parque para proteger os 18km2 de formações rochosas de Vila Velha.

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