sábado, 8 de maio de 2010

Ceará: Economia

Agricultura e pecuária. Aproximadamente 75% da população ativa ocupa-se do setor agropecuário. A agricultura constitui o setor de maior importância econômica, quer pelo valor da produção, quer pelo efetivo de mão-de-obra utilizado. Domina no estado a pequena lavoura comercial e de subsistência.

A cultura do algodão arbóreo, importante produto do estado pela área ocupada e valor da produção, ocupa grande parte da área agrícola do pediplano, onde também se cultiva a mamona. Em meio a essas áreas, ocupando os leitos secos dos rios, surgem na estação seca as chamadas culturas de vazante, que provêem em parte a subsistência da população local.

Outro tipo de agricultura aparece nas várzeas dos rios (terrenos aluviais), sobretudo nos vales do Jaguaribe, Banabuiú e Acaraú, com cultivos de cana, arroz, milho, feijão e algodão herbáceo. Em encostas de serras, chuvas de relevo permitem aproveitamento mais intenso do solo com cultura de cana, café, árvores frutíferas (sobretudo banana) e alguns produtos de subsistência (milho, feijão e mandioca). A agricultura que se desenvolve no sopé das chapadas também se prende à ocorrência de chuvas de relevo, mas aí se verifica ainda o aproveitamento da água de fontes naturais. Os principais cultivos são banana, cana-de-açúcar, feijão, arroz e milho.

A pecuária extensiva ocupa a maior parte das terras secas do sertão, onde o gado bovino é criado à solta, principalmente em pastagens naturais. O Ceará possui um dos maiores rebanhos bovinos do Nordeste. Os rebanhos de suínos, ovinos e caprinos também são numerosos.

Indústria. Os principais ramos da indústria de transformação, pelo valor da produção e pelo número de pessoas empregadas, são a indústria têxtil, de produtos alimentícios, químicos, metalúrgica e de transformação de minerais não metálicos. Para estimular o desenvolvimento industrial, organizou-se o Distrito Industrial do Ceará, perto de Fortaleza. Além da capital, constituem centros industriais de importância secundária as cidades de Sobral, Crato e Juazeiro do Norte.

No setor da indústria extrativa destacam-se a produção de diatomita, gipsita e sal, entre os minerais, e de carnaúba, castanha de caju e lenha, entre os vegetais. O setor da pesca (o Ceará é o maior produtor nacional de pescado) obteve apreciável progresso com a instalação de frigoríficos e a modernização da frota pesqueira.

Transporte e energia. A mais importante das rodovias é a BR-116, que de Fortaleza se dirige para o Recôncavo baiano, passando pelo vale do Jaguaribe, onde toca as cidades de Ruças e Jaguaribe. Outra importante rodovia pavimentada é a BR-222, que de Fortaleza se lança em direção a Sobral, e daí prossegue até Piripiri, no Piauí.

A rede ferroviária compreende duas linhas-tronco dispostas em sentido norte-sul. A primeira parte do porto de Camocim para o sul, passando por Sobral e Itu, e atinge Crateús. A segunda parte de Fortaleza se estende também para o sul, tocando Baturité, Quixadá, Quixeramobim, Senador Pompeu, Iguatu, Juazeiro do Norte e Crato. As duas linhas-tronco foram ligadas pela linha Fortaleza-Sobral em 1949.

O estado possui três portos: Camocim, Mucuripe e Aracati. Mucuripe, em Fortaleza, é o único porto organizado do Ceará. O de Camocim situa-se na embocadura do rio Coreaú, a oeste, e o de Aracati no baixo Jaguaribe, a leste.

A maior parte da energia elétrica consumida no estado é suprida pela usina de Paulo Afonso.