sábado, 8 de maio de 2010

Maranhão: Economia

Agricultura e pecuária. A principal região econômica do Maranhão é o centro-norte, onde se localizam os vales dos rios Pindaré, Mearim e Itapecuru. Ali se concentra a maior parte das atividades agrícolas, pastoris e extrativas do estado. O vale do Itapecuru foi ocupado nos séculos XVIII e XIX pela cultura algodoeira. Na segunda metade do século XX, passou a dominar nessa região a cultura do arroz, secundada pela do milho, da mandioca, do feijão e do algodão arbóreo.

Além de principal produtor de arroz do estado, o vale do Itapecuru é também o maior produtor de coco de babaçu e tem o segundo rebanho bovino do estado. Imigrantes nordestinos que repovoaram os sertões do Mearim e do Pindaré, e também o caboclo maranhense, dedicaram-se à rizicultura com tal afinco que logo a produção passou da casa dos milhares para a dos milhões de sacas, e o arroz voltou a ser exportado para o resto do país.

Os vales dos rios Mearim e Pindaré constituem áreas de ocupação mais recente que a do Itapecuru. Para lá acorreram migrantes do próprio Maranhão e provenientes de outros estados nordestinos. A economia dessa região baseia-se nas culturas de milho e arroz e na extração do coco de babaçu. Ainda na região centro-norte encontram-se os campos de Perises, principal área criatória do estado.

No restante do estado desenvolvem-se as mesmas atividades do centro-norte, só que em escala mais reduzida. A atividade agrícola quase sempre se restringe a culturas de subsistência. O principal produto vegetal do Maranhão é o babaçu, empregado na fabricação de um óleo finíssimo, comestível e de alto valor industrial, como lubrificante e combustível, ou como insumo para a saboaria. A torta, resíduo da extração do óleo, é transformada em farelo para alimentação do gado bovino e suíno, ou usada como adubo nitrogenado. As cascas do coco dão um ótimo carvão, com elevado teor de carbono, utilizado como redutor de minério. Por um processo de destilação físico-química, as cascas produzem também alcatrão, acetatos, ácido acético e álcool.

Energia e mineração. A oferta de energia do estado provém basicamente da usina de Boa Esperança, com 105.000kW de potência instalada. Localizada no rio Parnaíba, no estado do Piauí, próximo à fronteira com o Maranhão, essa usina substituiu integralmente as usinas termelétricas em atividade até a década de 1970. A disponibilidade de energia no estado aumentou com a entrada em operação da usina de Tucuruí, no estado do Pará.

As principais atividades extrativas do Maranhão são a exploração de sal marinho e o garimpo de ouro e diamantes, na região do baixo rio Gurupi.

Indústria. Na década de 1980, foi inaugurado no Distrito Industrial de São Luís a fábrica de alumínio da Alcoa, com capitais americanos e anglo-holandeses. O projeto foi implantado para operar com a bauxita trazida das margens do rio Trombetas, no Pará, a uma distância de 1.8OOkm. Na zona do Parnaíba, o empreendimento industrial de maior porte é a Cepalma -- Celulose e Papéis do Maranhão S.A.

Transportes e comunicações. O estado possui apenas uma linha férrea, a Maranhão-Piauí, que na maior parte de seu percurso segue o rio Itapecuru, aproximadamente o mesmo percurso seguido pela principal rodovia. O território maranhense é cortado pela Belém-Brasília, que passa pela cidade de Imperatriz; e pela Transamazônica, no trecho Floriano PI-Porto Franco MA.