sexta-feira, 7 de maio de 2010

São Paulo: População

Observam-se duas tendências marcantes na evolução demográfica de São Paulo: a crescente urbanização da população e a crescente concentração em torno do pólo de desenvolvimento econômico formado pela Grande São Paulo. A taxa de urbanização, expressa como a percentagem do total da população que vive em áreas urbanas, dobrou da década de 1940 para a de 1980. De maneira aproximada, pode-se dividir o estado em três grandes áreas, caracterizadas por alta, média e baixa densidade demográfica.

A área de alta densidade demográfica no estado concentra-se em torno da Grande São Paulo e projeta-se em três direções. Para nordeste, ao longo do vale do Paraíba, até a altura de Lorena, engloba os centros de Jacareí, São José dos Campos, Taubaté e Aparecida-Guaratinguetá. Para sudeste, alcança a baixada santista, incorporando o complexo urbano que se forma ao redor do porto de Santos. Para noroeste, ao longo dos trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro até a altura de Rio Claro, abrange os centros de Jundiaí, Campinas, Americana, Piracicaba e Limeira. Este é o coração de São Paulo, sua mais importante área econômica, na qual se concentra a maior parte das atividades fabris e comerciais. Em torno dessa área, encontra-se ampla faixa com densidade menor, mas ainda alta. Essa faixa alcança, ao norte, a divisa com Minas Gerais; a nordeste, os limites do estado do Rio de Janeiro; a oeste, a região de Sorocaba. Ao sul, a faixa estreita-se bastante, distanciando-se pouco da Grande São Paulo. Observam-se duas outras áreas de alta densidade demográfica no planalto ocidental: as de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Essas áreas formam um prolongamento, em direção noroeste, do núcleo populacional antes descrito.

A área de média densidade demográfica domina todo o planalto ocidental, com exceção das zonas de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. É esta a grande região agropastoril do estado, responsável por grande produção de café, algodão, amendoim, mamona, arroz e milho, assim como pela engorda e abate de rebanhos bovinos procedentes de Mato Grosso do Sul e Goiás.

Finalmente, a área de baixa densidade demográfica, estende-se no extremo sudeste do estado e corresponde à bacia do rio Ribeira do Iguape. Compreende porções da baixada litorânea e da encosta do planalto e constitui a região mais pobre do estado, uma verdadeira ilha de estagnação e atraso. Sua renda per capita é inferior à da região Nordeste do Brasil.

Rede urbana. A cidade de São Paulo domina uma ampla área de influência. No próprio estado, a ação da capital se faz sentir, quer diretamente, quer indiretamente, por meio de centros intermediários: Santos, Campinas, Taubaté, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Sorocaba, Botucatu, Avaré, Bauru, Marília, Ourinhos, Assis, São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente e Araraquara.

Santos, principal centro da baixada litorânea, tem papel peculiar no sistema urbano do estado, pois atua principalmente como o porto da Grande São Paulo, da qual só está separado pela serra do Mar. Sua atuação na baixada se confunde com a ação direta da capital estadual. Campinas, um dos principais centros industriais do país, é a principal capital regional do estado. Além de importante função comercial, tem enorme projeção como centro de prestação de serviços, sobretudo médicos e educacionais. Campinas e Ribeirão Preto formam os dois centros regionais de funções urbanas mais completas e de setor terciário mais diversificado do estado.