Fundação: 24 de outubro de 1669
Área: 11.401,058 km²
População: 1.738.641
Densidade: 149,9 hab / km²
Altitude: 92 m
A cidade
Transformada em zona franca em 1967, Manaus experimentou, a partir da década de 1970, um súbito e vertiginoso crescimento e tornou-se centro de uma vasta área que compreende os estados do Amazonas, do Acre e de Roraima.
Capital do estado do Amazonas, Manaus está situada na margem esquerda do rio Negro, a cerca de vinte quilômetros de sua junção com o Solimões, que a partir daí toma o nome de rio Amazonas. A paisagem se caracteriza pela presença de numerosos igarapés. Localizada na região do Médio Amazonas, tem clima tropical com chuvas abundantes. A altitude média é de 21m. O fuso horário corresponde a uma hora de atraso em relação a Brasília.
Manaus começou como um povoado de palhoças de índios em torno da fortaleza de São José do Rio Negro, construída em 1669 pelos portugueses em local estratégico, perto da confluência das grandes vias de comunicação fluvial dos rios Amazonas, Negro, Madeira e Purus, para impedir a invasão dos espanhóis que desciam dos Andes. Apesar da situação geográfica, o desenvolvimento do povoado foi bastante lento. Em meados do século XVIII, quando se chamava Barra do Rio Negro, já apresentava razoável produção agrícola e extrativa: algodão, cacau, café, castanha-do-pará e fumo. Em 1883, foi elevado à categoria de vila e teve o nome alterado para Manaus, como eram denominados os índios que predominavam na região. O antigo nome foi restabelecido em 1848 e a vila se transformou em cidade com a denominação de Barra do Rio Negro. Em 1852, tornou-se sede da província do Amazonas, criada em 1850, e em 1856 retomou o nome de Manaus.
Somente no apogeu da borracha, entre 1890 e 1910, Manaus adquiriu feição urbana moderna, com a realização de aterros, canalização de água, construção de pontes sobre os igarapés, implantação da iluminação elétrica, abertura de várias ruas e avenidas, construção de edifícios públicos etc. O centro da cidade fica próximo ao porto, cujo cais, construído sobre flutuantes, funciona como ponto de transbordo para embarcações de grande calado, que demandam o alto curso dos rios. Manaus é traçada em sistema quadricular, com muitas ruas, avenidas e praças arborizadas.
A cidade se destaca sobretudo como entreposto comercial, principalmente em função da zona franca. A indústria tradicional, de beneficiamento de castanha e borracha, compreendia também moinho de trigo, fábrica de cerveja e refinaria de petróleo. A lei de incentivos fiscais para a região revigorou essas áreas e acrescentou a tecelagem de juta e compensados, permitiu a implantação de uma siderúrgica, a ampliação de serrarias e a instalação de fábricas modernas, sobretudo do ramo eletrônico, que se expandiram rapidamente.
Manaus tem aeroporto moderno, construído em 1975, e comunica-se por rodovia com as cidades de Porto Velho, Boa Vista, Itacoatiara e Manacapuru. É grande o potencial turístico da cidade, em que sobressaem a flora e a fauna amazônica e a cozinha regional, além da possibilidade de compras na zona franca, a preços muito inferiores aos do mercado nacional. Outra atração turística é o passeio de barco até o ponto de encontro dos rios Solimões e Negro. O teatro Amazonas, decorado por artistas europeus do século XIX e restaurado na década de 1970, é o mais famoso monumento da cidade. O luxo dos mármores e lustres importados da Europa para a selva amazônica documenta o fastígio da época da borracha.
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